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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

REVIEW: mesmo com todos os problemas de sempre, Japamyu segue como um dos lançamentos mais divertidos de Kyary Pamyu Pamyu

Do surpreendente alarde de definhar o cenário pop japonês pelas crias de Yasutaka Nakata, nessa quarta-feira, dia 26, o quarto e tão polêmico álbum de Kyary Pamyu Pamyu arrebentou as barragens da internet para atiçar o fogaréu das fãs póstumas do estilo acumulador do DJ. Com toda a reflexão das últimas semanas, pudemos lavar as mãos e aceitar os benefícios desse seu momento displexo. Contudo, a dúvida não foi sanada: o novo som homeopático do produtor trouxe alguma melhoria para a tralha discográfica da sua menina-dos-olhos?

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

REVIEW: Future Pop medita com sinceridade sobre o futuro de Perfume - e da música mainstream global

Essa é uma revisão um tanto atrasada, contudo tenho de admitir que também estive muito atrasado para ouvir isso, já que apesar do meu grandioso amor por Nakata - que aparentemente é a nova pauta permanente do blog -, não estive empolgado por sua atual era de mixagens: jurava ser muito básica, american-based e com uma infortuna semelhança aos trabalhos pouco imaginativos do jockey russo-alemão ZEDD.

 Apesar disso, era questão de eventualidade escutar esse álbum, em vista de que (o que se pode ser chamado como) minha longa amizade com o grupo não findaria em uma dupla de decisões musicais duvidosas ao lado de todo o brilhantismo construído na carreira das três meninas. Colando isso ao meu novo chamego com o serviço de streaming Spotify, Future Pop teria sua justiça em meus ouvidos durante minha viagem ao interior de Minas Gerais.

 Após duas sessões cabo-a-rabo, com bom hiato reflexivo entre elas, eis meu veredito:

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

O cometa Kyary: a explosão e fracasso de uma das maiores aberturas da indústria fonográfica japonesa para o resto do planeta

Se você não esteve a par da deliciosa bagunça ao redor da aparição, ascensão e - velocíssima - queda da carreira de Takemura Kiriko - a iconoclasta parnasiana Kyary Pamyu Pamyu -, ao lado de uma das fases mais burlescas e conspiratórias da indústria sonoplástica japonesa, é porque provavelmente em 2011 havia um mundo muito diferente na internet para se prestar atenção: o YouPix era relevante, a Jovem Pan mantinha algum tipo de integridade (ou o que é que considerávamos e deixávamos passar por dignidade naquela época) e o sentimento derrisório estava em todos os cantos: arquétipo dos memes em quadrinhos,  9GAG, expansão doméstica do facebook e aterros virais brasileiros feito Não Salvo e Ñ.Intendo.

Ainda assim, mesmo a um ermitão da web, o intricado momento foi grande demais para sequer não viajar como ondas energéticas: contra todas as possibilidades, uma abertura massiva dos mercados culturais asiáticos que arrombou a complexa linha mercadológica autossustentável ao ponto de chegar com instigantes curiosidades do outro lado do mundo - e aparecer na vida cotidiana pela moda, pela música e pelo... Fantástico. *Plim plim*

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Minissérie da Globo inspira o kpop e faz de Sunmi a nova musa do axé

A estranheza do libertador debut de Lee Sunmi das paredes artificialistas da BIG3 foi a exímia compositora não pôr as mãos em nenhuma das faixas de suas duas primeiras tentativas. Se no começo evaporava um sentimento de preguiça e desacato (porque no fundo a gente realmente quer - apesar de todo o discurso falacioso da web - ver tentativas mais reais e naturais de ídolos (independente da colocação como artista, que sejamos sinceros, carrega todo mundo), que somam praticidade quando vindas deles mesmos.