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quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Weki Meki revive a sigla GLS com o hit de boate COOL


Existe um nicho do kpop de músicas vindas diretamente da discografia do grupo ucraniano Kazaky. Cota usualmente preenchida por grupos e solistas masculinos para atender a demanda de um desesperado público consumidor silencioso, dessa vez passaram a tocha para o Weki Meki, oficialmente evoluídas para o patamar de Tereza Cristina da música coreana. 


Num senso geral, Weki Meki não é pensado por sua discografia unificada. Mas se enganam os que acham isso. As músicas são de fato todas diferentes umas das outras (como devem ser, independentemente da trilogia musical em que você esteja preso), porém seguem uma mesma família: são todas bagunça. Especificamente, gosto de lembrar do quanto fui defensor do debute delas, I don't like your girlfriend, que em minha opinião só peca em não ter um visual de videoclipe que assuma os descompassos rítmicos em sua cadeia, coisa que outras bagunças monstruosas (pelo bem ou pelo mal) do kpop acertam e se esgueiram ao longo do tempo como favoritas de um público pop, que também é cult (não tentem entender, entretanto ele existe!).

Aqui, mais uma vez, a música é energética, de baixos pronunciados, dançante e sem se levar muito a sério, mesmo com seus pezinhos em uma associação cultural geral de clubes noturnos, aglomeração e rebeldia. Bem, no ponto do título: é LEGAL mesmo.

Weki Meki esteve tendo um crescimento dorminhoco, com uma discografia que vem acertando aos montes. Há uma pequena felicidade de, nessa altura do campeonato, depois de anos de debute e do fim do IOI, a empresa não ter desistido delas e nem mesmo delas se desvincularem do grupo. Enquanto isso é um pensamento fraco sobre a realidade das coisas (pois pode ser uma bagunça interna irreparável, o que nunca saberemos se não rolar um exposed safado), é o suficiente para acalentar nossos pensamentos. Quando investido nelas, espera-se que tenham algum retorno do público e que isso reflita nos lançamentos e na identidade da marca, que aqui parece nos convencer de que, após o quebra-mola de sucesso do último lançamento, houve caldo suficiente para lançar uma eletrônica cremosa pronta para tocar numa balada suada com 60 caras num galpão onde cabem 15. Parabéns!!

No fim das contas, é esse tipo de grupo que movimenta a ideia de interesse da música pop, coisa que sempre falamos aqui. À beira do sumiço, não há por que não inovar, e isso tem acontecido com bastante frequência nos limites pandêmicos que impedem aquela graninha extra de festivais e performances. O ponto chave desses acontecimentos é até onde vai o senso de elo da sonografia, sem sermos atacados com um total reboot de imagem em menos de um ano entre lançamentos. Nisso o Weki Meki se sai muito bem e, numa valorização meritocrática que só existe no abstrato, deviam ser valorizadas por isso.

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